sábado, 15 de outubro de 2011

Fome de Deus - Deixando o Pessimismo de lado

"Um homem rico e megalomaníaco realizava uma festa todos os anos e convidava o povo para participar. Um dos atrativos da festa era o pau de sebo. No topo de um mastro untado de sebo (substância graxa e firme, retirada das vísceras de determinados animais), colocava-se uma caixa contendo dinheiro e comida. O alto poste ficava escorregadio e liso, mas a ambição pela gorda recompensa motivava centenas de jovens à aventura. Dezenas deles se arriscavam a subir, e quando chegavam ao meio do poste, deslizavam e caíam no chão, para o alarido da multidão e diversão do dono da festa.

Quando todos já estavam desanimados, pensando que o alvo fosse inatingível, resolveram chamar um conhecido alpinista, acostumado a grandes desafios. Quando ele chegou, o povo o aplaudiu, e todos acreditavam que ele alcançaria o topo do mastro e colocaria a mão no polpudo maço de dinheiro e na caixa de alimentos. O atleta veterano olhou o poste besuntado de sebo, olhou a recompensa no topo do poste, e encorajado pelo grito da mutidão, começou a sua aventura. Enquanto avançava para as alturas, o povo em coro gritava: "sobe, sobe, sobe..." porém, quando ele atingiu uns dez metros, não resistiu, escorregou e foi ao chão. A multidão o incentivou novamente, e ele, concentrando-se melhor partiu para a sua segunda aventura. Na escalada, conseguiu subir uns quinze metros, mas escorregou e foi ao chão novamente. Desta vez, sentiu-se humilhado. Todo mundo que cai sente-se humilhado.

Refletindo, o alpinista disse para o povo: " É impossível alguém subir neste poste escorregadio. A única solução é pedir ao dono da festa que diminua o tamanho do poste. Essa brincadeira é uma ofensa para todos nós." Enquanto arrazoava com o povo, chegou um garoto franzino, descalço, descamisado. Com os olhos cheios de brilho, olhou para o alvo e viu a caixa de alimento e o maço de dinheiro. Sem titubear, abraçou o poste e começou a subir. O povo incrédulo começou a gritar: "Desce, desce, você não vai conseguir. Ninguém consegue. Nós vamos pedir para encurtar o poste." Mas, quanto mais a multidão o desencorajava, mais ele subia. Seus olhos estavam fitos no alvo, e vencendo as dificuldades, aproximava-se cada vez mais da recompensa. Para espanto de todos, o menino alcançou o topo e pegou o maço de dinheiro, pegou a caixa de alimentos, desceu e saiu correndo para casa.

O alpinista, aturdido com o feito extraordinário, foi atrás do menino. Ele morava em uma favela. Ao chegar à casa do garoto, a família estava festejando a façanha. O atleta, então, querendo saber o segredo do menino, perguntou ao seu pai: "Qual é a técnica que ele usa? Será o ângulo do seu joelho? A Maneira como usa os braços? A inclinação do pescoço? Qual é o segredo dele avançar rumo ao alvo, mesmo quando a multidão gritava para ele descer?" O pai, então respondeu: "Dois são os segredos que levaram meu filho ao topo do mastro: primeiro, foi a fome! Ele estava com fome. Essa é a nossa primeira refeição do dia." Então, o alpinista indagou: "Mas, como ele resistiu àquela pressão popular para desistir?". O pai disse: "É que ele é surdo!".

No dia que a fome de Deus for maior do que a fome por comida, por dinheiro, por fama e reconhecimento, então poderemos experimentar as maravilhas de nosso Criador. Mas precisamos também tapar os ouvidos ao clamor pessimista daqueles que nos dizem que não vamos conseguir, que a crise vai nos vencer,e que jamais Ele nos dará pão com fartura.

Fonte: Livro FOME DE DEUS